No entendimento da presidente, tucanos como Aécio Neves
(PSDB-MG) e José Serra (PSDB-SP), pela primeira vez desde o início dos
protestos, foram
às ruas e tentaram, nas
palavras de auxiliares, “tirar proveito da manifestação”. Por isso, para Dilma,
FHC quis se posicionar para “não ficar para trás”. Para um assessor
presidencial, o tucano “morde e assopra”.
Um dia após as manifestações, FHC disse, em mensagem
divulgada em sua página no Facebook, que a renúncia seria um “gesto de
grandeza” da presidente. Dilma também achou “contraditória” a fala de FHC
comparada com manifestações anteriores do ex-presidente, em tom mais moderado. O texto desta segunda foi o mais duro recado já enviado a
Dilma pelo líder tucano e representa uma tentativa de aproximar o PSDB do sentimento expresso nas ruas.
Segundo o Datafolha,
66% dos brasileiros são favoráveis à abertura de um processo de impeachment.
REAÇÕES
O secretário-geral nacional do PSDB, deputado federal
Silvio Torres (SP), afirmou nesta terça (18) que a mensagem de FHC deve
ser adotada como linha
principal de atuação do partido a partir de agora. Para ele, a defesa da renúncia de Dilma unifica o partido
e deve orientar o discurso da sigla, inclusive no Congresso Nacional, diante do
atual cenário de crise política. Nesta segunda, o líder do PT no Senado, Humberto Costa
(PE), classificou
a declaração de Fernando
Henrique como um “grave equívoco”, “demonstração de ressentimento e inveja” e
que revela uma “pequenez política” por parte do tucano, que age como “líder de
torcida”.
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