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quinta-feira, 10 de setembro de 2015

SEXUALIDADE - Infidelidade pode ser genética

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A infidelidade conjugal continua sendo uma das principais preocupações para o casamento tradicional. De acordo com uma pesquisa de 2013, a porcentagem de mulheres que se envolveram em relações extraconjugais cresceu cerca de 40% desde o início dos anos 90. O site europeu Victoria Milan, especializado em ajudar homens e mulheres a “pular a cerca”, diz que 67% dos que traem também desconfiam que o parceiro faça o mesmo. Mas a ciência pode explicar o comportamento dos adúlteros.

Segundo uma pesquisa de 2010, a propensão à infidelidade pode estar no DNA. Depois de analisar o comportamento sexual de 181 adultos, os cientistas constataram diferenças em cada um deles. Para os estudiosos, a variação do gene DRD4, também ligado à busca de sensações prazerosas, como o uso de álcool e jogos de azar, é a principal responsável também pelas aventuras fora do relacionamento.

Segundo o pesquisador, os resultados fornecem algumas evidências biológicas do que, à primeira vista, parece ser um pouco contraditório: indivíduos poderiam procurar por um relacionamento sério, mas ao mesmo tempo ter encontros sexuais de apenas uma noite. Ou seja, é plenamente possível que alguém apaixonado traia, mas ainda assim estar profundamente ligado ao parceiro – científicamente falando.

Para Michele Weiner-Davis, terapeuta de casais e autora do best-seller  Divorce Busting, a infidelidade não deve ser motivo para terminar um relacionamento. “Muitas pessoas pensam que a traição sinaliza o fim de um casamento, e isso não é verdade. Embora esquecer a infidelidade seja uma tarefa desafiadora, a maioria dos casamentos não só sobrevivem, como também crescem com a experiência”.

Ainda há quem pense que uma aventura extraconjugal possa salvar o relacionamento. É o caso de Eli Finkel, pesquisador da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos. Para ele, subrir suas necessidades sexuais fora do casamento é perfeitamente normal e não rompe outros laços importantes do casal, como apoio social e sentimental.

Notícia da Revista GQ

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