A infidelidade conjugal
continua sendo uma das principais preocupações para o casamento tradicional. De acordo com uma pesquisa de
2013, a porcentagem de mulheres que se envolveram em relações extraconjugais
cresceu cerca de 40% desde o início dos anos 90. O
site europeu Victoria Milan, especializado em ajudar homens e mulheres a “pular
a cerca”, diz que 67% dos que traem também desconfiam que o parceiro faça o
mesmo. Mas
a ciência pode explicar o comportamento dos adúlteros.
Segundo uma pesquisa de 2010, a propensão à
infidelidade pode estar no DNA. Depois de analisar o comportamento sexual de
181 adultos, os cientistas constataram diferenças em cada um deles. Para
os estudiosos, a variação do gene DRD4, também ligado à busca de sensações
prazerosas, como o uso de álcool e jogos de azar, é a principal responsável também
pelas aventuras fora do relacionamento.
Segundo o pesquisador, os resultados fornecem algumas
evidências biológicas do que, à primeira vista, parece ser um pouco
contraditório: indivíduos poderiam procurar por um relacionamento sério, mas ao
mesmo tempo ter encontros sexuais de apenas uma noite. Ou seja, é plenamente
possível que alguém apaixonado traia, mas ainda assim estar profundamente
ligado ao parceiro – científicamente falando.
Para Michele Weiner-Davis, terapeuta de casais e autora
do best-seller Divorce Busting,
a infidelidade não deve ser motivo para terminar um relacionamento. “Muitas
pessoas pensam que a traição sinaliza o fim de um casamento, e isso não é
verdade. Embora esquecer a infidelidade seja uma tarefa desafiadora, a maioria
dos casamentos não só sobrevivem, como também crescem com a experiência”.
Ainda há quem pense que
uma aventura extraconjugal possa salvar o relacionamento.
É o caso de Eli Finkel, pesquisador da Universidade de Illinois, nos Estados
Unidos. Para ele, subrir suas necessidades sexuais fora do casamento é
perfeitamente normal e não rompe outros laços importantes do casal, como apoio
social e sentimental.
Notícia da Revista GQ
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