O agravamento da crise na oferta de água em função da
estiagem afeta um em cada quatro municípios do Rio Grande do Norte, de acordo
com o levantamento feito pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos
Hídricos (Semarh). Dos 167 municípios potiguares, já estão em situação crítica
47 municípios (28%), dos quais 35 enfrentam rodízio de abastecimento de água e
12 estão em em situação de colapso no sistema de abastecimento. Desses, 11 são
atendidos pela Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte
(Caern) e um – Alexandria, pelo Sistema Autônomo de Águas e Esgotos (SAEE).
Em função do estágio atual da crise hídrica, a chefe do
Gabinete Civil, Tatiana Mendes Cunha, reuniu-se, no começo da tarde de ontem,
com titulares das pastas e órgãos envolvidos no enfrentamento dos efeitos da
estiagem, na região semiárida do Estado. Na ocasião, foi decidido que na
terça-feira (8), vai se reativar o Comitê Gestor de Combate à Seca, bem como
será apresentado um plano de trabalho para a distribuição de águas por caminhões
pipas, que inicialmente só tinha prevista a liberação de R$ 2,9 milhões para a
contratação de “pipeiros”.
O secretário estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, José Mairton de
França, reconheceu, mais uma vez, que esse volume de recursos, “está muito
aquém das necessidades do Estado em face desse novo quadro que se
apresenta em relação à oferta de água”. França explicou que em fevereiro,
quando havia uma previsão de que a escassez de água poderia afetar mais de 40
municípios, a necessidade de recursos para abastecer as áreas urbanas por
carros-pipa girava em torno de R$ 34 milhões.
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