A presidente Dilma Rousseff anunciou nesta sexta-feira
(2) o corte de oito ministérios e a redução em 10% do salário dos ministros.
Dessa forma, 275 dias após ter sido eleita, a presidente mudou toda a
configuração do governo na tentativa de melhorar sua governabilidade e evitar a
abertura de um processo de impeachment contra seu mandato. Os salários da própria Dilma e
do vice-presidente Michel Temer também serão reduzidos em 10%. Os vencimentos
brutos passarão de R$ 30.934,70 para R$ 27.841,23.
Dilma defendeu a reforma como uma "ação
legítima" a ser feita por um "governo de coalizão". "Os
governos de coalizão, como é o caso do meu e de todos os governos depois da
democratização, precisam de apoio no Congresso. Nós vivemos em uma democracia e
temos que dialogar com o Congresso eleito pelo povo em favor da
população".
A presidente anunciou ainda a criação de uma Comissão
Permanente para a Reforma do Estado, que terá como objetivo "reorganizar a
administração federal" e fiscalizar o cumprimento das metas propostas pelo
governo.
A presidente suprimiu ainda 3.000 cargos comissionados e
30 secretarias ministeriais, fundindo algumas delas nos chamados
"superministérios", como o da Previdência Social e Trabalho, que
ficará sob o comando de Miguel Rossetto (PT). Para ela, a fusão dessas pastas
tem o objetivo de "fortalecer e dar maior eficiência e foco às políticas
públicas".
Dilma também anunciou a redução de 20% nos gastos de
custeio e contratação de serviços nos ministérios, além da criação de metas
para a redução nas contas de água e energia e nas despesas com telefone e
passagens aéreas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário