Promotores do Ministério Público do Rio Grande do Norte
(MPRN) ofereceram, na tarde desta sexta-feira (2), as denúncias dos
investigados nas operações “Citronela” e “Novos Rumos”, deflagradas nos dias 25
e 29 de setembro, respectivamente. As duas operações tem relação entre si e
apuram esquema de lavagem de dinheiro do tráfico, extorsão por parte de
policiais militares, além de comércio de drogas apreendidas.
De acordo com a assessoria de imprensa do Ministério Público, no total foram
denunciadas 24 pessoas, sendo dez réus pela Operação Citronela pelos crimes de
tráfico, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Já na Novos Rumos foram
14 denunciados, sendo dois policiais que não foram presos, pelos crimes de
corrupção passiva, peculato-furto, receptação, prevaricação e violação de
domicílio.
Por se tratar de policiais militares como réus, os crimes
denunciados na Operação Novos Rumos estão previstos no código penal militar e
são agravados por terem sido cometidos por violação de dever inerente ao cargo
e estando em serviço no momento da ação.
Segundo o Ministério Público, as investigações da
Operação Citronela comprovaram que o grupo liderado por Joel Rodrigues Silva, o
“Joel do Mosquito”, promovia o tráfico de drogas com lavagem de dinheiro, onde
as riquezas eram acumuladas em imóveis e joias. O denunciados gerenciavam um
elevado patrimônio, avaliado em mais de um milhão de reais, composto por
automóveis de luxo, apartamentos, terrenos em condomínios de praias e em outros
locais de alta valorização imobiliária e uma empresa de construção civil. Além
disso, a organização criminosa mantinha também dois salões de beleza e
cafeteria em área nobre da capital.
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