Prestes a entrar no quinto ano de estiagem, a Paraíba
busca fontes hídricas alternativas que mantenham as cidades abastecidas até,
pelo menos, a tão sonhada Transposição do Rio São Francisco, prevista, agora,
para 2017.
O Governo do Estado perfurou, nos últimos quatro anos, 1.310 poços artesianos,
dos quais, segundo a Diretoria de Recursos Minerais e Hidrogeologia (DRMH),
apenas 40% apresentaram água própria para consumo humano ou animal. Vinte por
cento desses poços tinham água salgada e foram inutilizados. Mas ter água
salobra não está sendo um problema.
No assentamento Olho D’água, zona rural de São Vicente do Seridó, famílias
estão usando dessalinizadores solares de baixo custo e bebendo água de boa
qualidade.
Pesquisadores do Laboratório de Referência em Dessalinização (Labdes) do Centro
de Ciência e Tecnologia da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)
defendem que, em tempos de escassez, o processo é mais barato e eficaz do que
arriscar perfurar outros poços e não encontrar água.
Na Paraíba, segundo o coordenador do Programa Água Doce (PAD), Robi Tabolka,
existem 24 unidades de dessalinização de água implantadas nas regiões do
Cariri, Seridó, Curimataú e Agreste. A estimativa é que no total, existam mais
de 1000 equipamentos deste tipo no Estado.
“Os que são implantados pelo PAD utiliza recursos do Governo Federal com
contrapartida do Estado e em parceria com as prefeituras, mas existem ainda
muitos municípios que implantam dessalinizadores por conta própria, a exemplo
de Juazeirinho, que agora vai contar com mais oito equipamentos desse tipo”,
disse Robi. fonte
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