Por falta de dinheiro, as eleições municipais de 2016
serão realizadas manualmente. É a primeira vez que isso acontecerá desde 2000,
quando todo o eleitorado brasileiro começou a votar eletronicamente.
A
informação de que o contingenciamento impedirá eleições eletrônicas foi
publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira, 30. "O
contingenciamento imposto à Justiça Eleitoral inviabilizará as eleições de 2016
por meio eletrônico" diz o artigo 2º da Portaria Conjunta nº 3, de 27 de
novembro de 2015.
A portaria foi assinada pelos presidentes
dos Supremo Tribunal Federal (STF), TSE, Superior Tribunal de Justiça (STJ),
Tribunal Superior do Trabalho (TST), Superior Tribunal Militar (STM), Tribunal
de Justiça do Distrito Federal (TJDF) e seus respectivos conselhos.
A portaria informa ainda que ficam indisponíveis para
empenho e movimentação financeira um total de R$ 1,7 bilhão para STF (R$ 53,2
milhões), STJ (R$ 73,3 milhões), Justiça Federal (R$ 555 milhões), Justiça
Militar da União (R$ 14,9 milhões), Justiça Eleitoral (R$ 428,9 milhões),
Justiça do Trabalho (R$ 423 milhões), Justiça do DF (R$ 63 milhões) e Conselho
Nacional de Justiça (R$ 131 milhões).
As urnas eletrônicas foram utilizadas pela primeira vez
em 1996. Mas, somente nas eleições do ano 2000, todo o eleitorado votou
eletronicamente.
Em nota, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
informou que deixará de receber R$ 428,7 milhões. Segundo o texto, a falta do
dinheiro vai prejudicar na aquisição e manutenção dos equipamentos para a
realização da eleição do ano que vem. "Esse bloqueio no orçamento,
compromete severamente vários projetos do TSE e dos Tribunais Regionais
Eleitorais (TREs). O impacto maior reflete no processo de aquisição de urnas
eletrônicas, com licitação já em curso e imprescindível contratação até o
fim do mês de dezembro, com o comprometimento de uma despesa estimada em R$ 200
milhões", diz a nota.
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