A temporada de 2015 do UFC foi emocionante e os octógonos
foram palcos de lutas históricas. Hegemonias foram quebradas e em várias
categorias os campeões foram renovados na organização mais aclamada do MMA
mundial.
A luta mais esperada do ano, entre José Aldo e Conor
McGregor, neste domingo, em Las Vegas, nos Estados Unidos, evidenciou um
momento atípico do UFC: vitória
avassaladora do irlandês diante do brasileiro, em apenas 13
segundos, tempo suficiente para nocautear o até então invicto no UFC havia mais
de dez anos. Aldo, autointitulado "Rei" de sua categoria e
referindo-se a McGregor como "Bobo da Corte", teve a "língua
queimada" e terá de suportar o irlandês provocador e falastrão tomando seu
lugar depois de quatro anos com o cinturão de campeão dos penas (até 65.8
quilos).
Um pouco antes, na mesma noite em Las Vegas, o até então
campeão dos médios, o americano Chris Weidman, não imaginava tamanha
agressividade do compatriota Luke Rockhold. Weidman aguentou e sofreu por três
rounds, mas foi nocauteado com uma série golpes de Rockhold, que deixou seu
rosto desfigurado ao término da luta. Com a derrota, ele perdeu o cinturão e
sua invencibilidade no UFC após 13 vitórias seguidas. O americano era dono do
cinturão desde 2013, ano em que derrotou Anderson Silva duas vezes - na
revanche o brasileiro quebrou a perna. Desde então, Weidman se tornou carrasco
dos lutadores nacionais: venceu Lyoto Machida e Vitor Belfort.
Outra hegemonia quebrada no UFC neste ano foi a de Ronda
Rousey, talvez a menos esperada para os fãs de MMA. No mês passado, Holy
Holm derrotou Ronda por nocaute, em uma luta histórica, e
faturou o cinturão dos pesos-galo feminino, depois de 12 vitórias seguidas de
Ronda Rousey, metade delas no UFC.
O americano Jon Jones, considerado um dos maiores
lutadores do UFC ao lado de Anderson Silva, também teve seu reinado tomado, mas
não dentro do octógono. No final de abril, Jones
foi suspenso do UFC após ser preso em Albuquerque, nos Estados Unidos, por
se envolver em um acidente de carro sem prestar socorro a uma mulher grávida
que fraturou o braço no momento do ocorrido. O UFC considerou o ato do lutador
como uma violação do código de conduta e o afastou da organização.
Consequentemente, seu cinturão dos meio-pesados foi retirado e no mês seguinte
Daniel Cormier faturaria, em cima de Anthony Johnson, o título - Jones era o
campeão da categoria desde 2011.
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