Os criadores de camarão de Mossoró começam o ano de 2016
preocupados com o futuro das criações em Mossoró. Tudo em decorrência da síndrome da "mancha
branca", causada por um vírus que ataca o sistema imunológico do
crustáceo, levando-o à morte. A praga fez com que alguns produtores perdessem até 80%
da produção no ano passado. Caso não se encontre uma solução para conter a
"mancha branca", a praga poderá dizimar a produção de camarão no
estado.
“Esse vírus da mancha branca sempre esteve presente nas
criações da região, mas nos últimos tempos ele criou força e atingiu os
viveiros com mais intensidade. Eu perdi 50% da minha produção no ano passado,
mas alguns produtores de menor porte chegaram a perder 80% dos camarões, um
prejuízo enorme”, conta o carcinicultor Lyon Luciano de Paiva. Além da perda de camarões, Lyon de Paiva explica que os
produtores têm enfrentado ainda problemas com a venda da mercadoria, pois
muitos compradores têm baixado o preço de compra dos crustáceos em razão da
praga. Este quadro gera ainda mais prejuízos aos produtores, que começam a
falar em demissões ou mudança no ramo de atuação.
“No ano passado tive um prejuízo por volta de R$ 50 mil e
por isso temos perspectivas de demissões este ano. Por causa da praga da
"mancha branca", alguns produtores vão migrar para a criação de peixe
nos tanques, talvez alguns já nem produzam mais camarão. Aí, quando o mercado
estiver sem o produto, talvez o preço melhore”, declara Lyon de Paiva. A síndrome da "mancha branca" tem esse nome
porque deixa a carapaça dos camarões com manchas esbranquiçadas arredondadas.
Embora mortal para os crustáceos, a doença não representa risco para os seres
humanos, mesmo que a pessoa se alimente de crustáceos infectados.
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