O autoteste de detecção do vírus do HIV estará disponível
nas farmácias do país ainda neste semestre. A informação é do diretor do
Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, Fábio Mesquita, que participou
hoje (28) do lançamento da campanha de prevenção às Doenças Sexualmente
Transmissíveis e Aids no Carnaval 2016.
O exame pode ser feito com saliva ou sangue e já foi
aprovado pela Agência Nacional de Vigilância e Saúde (Anvisa). Ele já é
oferecido em vários países do mundo, como Estados Unidos, Grã-Bretanha, França
e África do Sul. A meta da Organização das Nações Unidas é de que 90% das
pessoas com HIV façam o teste até 2020. No Brasil, cerca de 83% das pessoas com
o vírus já passaram pelo diagnóstico.
O preço do teste de farmácia ainda não está definido. Nos
Estados Unidos, por exemplo, o valor varia entre US$ 40 e US$ 60. “Mas claro
que no Brasil esse preço é inviável e as empresas terão que fazer um preço
viável aqui”, disse o diretor. A ampliação da testagem é uma das frentes da nova
política de enfrentamento do HIV e aids. Entre janeiro e setembro de 2014,
foram realizados 5,8 milhões de testes no país. No mesmo período do ano
passado, foram 6,4 milhões – um crescimento de 10%.
As três metas de 90-90-90, pactuadas pelo Programa
Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), têm como objetivo testar
90% das pessoas vivendo com HIV e aids, tratar 90% delas e que 90% tenham carga
viral indetectável até 2020 em todo o mundo. O percentual de brasileiros vivendo com HIV
diagnosticados por exames passou de 80%, em 2012 para 83%, em 2014. Já a oferta
de tratamento passou de 44%, em 2012, para 62%, em 2014, aumento de 41% no
período.
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