Em julgamento de recurso Especial, o ministro Felix
Fischer, do Superior Tribunal de Justiça manteve a condenação de três policiais
federais por corrupção passiva na Operação Sucuri, que investigou a atuação dos
agentes em esquema de facilitação de contrabando em Foz do Iguaçu. Entre os
condenados está Newton Hidenori Ishii, que, durante a Operação Lava Jato,
ficou conhecido como o “Japonês da Federal”, por estar presente, escoltando os
presos em praticamente todas as fases da Operação.
Ishii foi preso, em março de 2003, nos primeiros
meses de governo Lula, na Operação Sucuri, junto com outros 22 agentes da
Polícia Federal, sete auditores da Receita Federal e três Policiais Rodoviários
Federais, todos de Foz do Iguaçu, na fronteira do Paraná com o Paraguai. Também
foram atingidos contrabandistas e intermediários
Preso em 2003, condenado em primeira instância em 2009,
Ishii manteve-se no cargo enquanto seu recurso não era julgado. O agente chegou
a ser afastado dos serviços pela própria Polícia Federal, sem prejuízo em seus
vencimentos, mas o Tribunal de Contas da União determinou seu retorno ao
trabalho.
No recurso, os réus questionavam a legaliade das provas
obtidas via interceptação telefônica e a determinação da Justiça de perda dos
cargos, entre outras questões técnicas levantadas. Fischer decidiu pela perda
imediata do cargo de outros dois condenados, cujos nomes são mantidos em
sigilo, mas não se manifestou sobre a situação de Ishii.Os réus ainda podem recorrer à turma e ao pleno do
Tribunal. A reportagem está tentando contato com a defesa do agente
federal.
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