Depois de 34 horas de discussão ininterrupta, todos os 25
partidos com representação da Câmara dos Deputados tiveram a oportunidade de
discutir o parecer que pede abertura de processo de impeachment contra a
presidente Dilma Rousseff. O debate também foi prolongado por falas de
lideranças, permitidas a cada nova sessão.
Neste momento, começa a oitava sessão consecutiva sobre o
pedido de impeachment, em que deputados inscritos individualmente para ocupar a tribuna vão
começar a debater a matéria.
Até o final da sétima sessão, foram 246 discursos
contabilizados, o que fez o Plenário quebrar o recorde de sessão contínua mais
longa da História da Câmara. (A Secretaria-Geral da Mesa considera como sessão
contínua as sessões consecutivas cujo intervalo não ultrapasse uma hora). Até
então, a sessão com maior duração na Casa havia sido a da votação da Medida
Provisória dos Portos, em maio de 2013, que durou 22h consecutivas. A discussão
da Medida Provisória levou, ao todo, cerca de 40 horas, divididas ao longo da
semana.
Um partido não falou. O PEN abriu mão da hora reservada
para discutir. Os debates de Plenário repetiram os argumentos já levantados
durante a análise na comissão especial. Para os contrários ao afastamento da
presidente, o impeachment é uma tentativa de golpe. Já os favoráveis ao
impedimento de Dilma enfatizam que houve crime contra as contas públicas e
recorrem a outros argumentos contra o Planalto: corrupção, falta de
governabilidade e crise econômica.
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