Ela retomou ainda o discurso de que a crise foi ampliada
por causa das eleições passadas, quando ela venceu o senador Aécio Neves
(PSDB-MG) por uma margem estreita, de apenas 3,5 milhões de votos. "Essa
eleição tornou a oposição derrotada bastante reativa e, com isso, começou um
processo de desestabilização do mandato desde o início dele. Esse segundo
mandato tem o signo da desestabilização política".
A presidente afirmou ainda que, sem democracia, o País
não vai ter capacidade de retomar o crescimento. "Não é justo que tentem
encurtamentos de caminho, que 'instabilizem' o País e a economia. É necessária
uma grande repactuação democrática que passe pela rejeição desse processo de
golpe".
Indagada por jornalistas estrangeiros se o PT e os
movimentos sociais iriam resistir nas ruas ao processo de afastamento, Dilma
disse que seu partido e outros que a apoiam e movimentos populares têm
consciência de que uma série de conquistas está em jogo. "Acho que quem
tem honra e dignidade tem uma opção frente ao golpe: resistir. E eu vou
resistir".
Dilma Rousseff |
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