Os partidos apontam como provas desses crimes a oferta de
cargos e nomeações publicadas no Diário Oficial da União (DOU) nos últimos
dias, a atuação nas negociações de ministros, dos governadores de Ceará,
Maranhão, Paraíba, Piauí e Bahia, além do ex-presidente Lula. Eles também
apontam como indício de compra de votos a transferência de terras da União para
o Governo do Amapá, Estado de maioria dos votos não declarados. "O Diário Oficial amanheceu recheado de nomeações.
Isso é a utilização abusiva da máquina pública para tentar reverter o processo
de impeachment", disse o líder do DEM, Pauderney Avelino (AM).
Votos
Apesar de oficialmente
assegurar que continua tendo mais de 342 votos para aprovar o impeachment da
presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados, parte da oposição já mudou o
tom do discurso outrora de certeza em relação a aprovação do atual processo de
impedimento da petista.
Da ala pró-impeachment do PMDB, o deputado federal Mauro
Pereira (RS) afirmou ontem que, se o processo de impeachment de Dilma em
análise não for aprovado, a oposição pressionará o presidente da Câmara,
Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a autorizar a abertura de um novo pedido. "Se não aprovar esse, não tem problema. Tem o da OAB
(Ordem dos Advogados do Brasil)", afirmou Pereira ao Broadcast Político. O
pedido da instituição foi apresentado no final de março e pede o impeachment de
Dilma argumentando que ela cometeu crimes de responsabilidade não só com as
pedaladas fiscais.
A OAB acusa a petista de crime de responsabilidade por,
segundo a instituição, tentar interferir nas investigações da Operação Lava
Jato - inclusive com a nomeação do ex-presidente Lula, que é investigado, para
o comando da Casa Civil - e por conceder renúncia fiscal à Fica para realização
da Copa do Mundo de 2014.
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