Se a Câmara realmente aprovar o pedido de abertura do
impeachment, o processo será enviado para o Senado amanhã (18) e deverá ser
lido em plenário na terça (19). Então, uma comissão, formada por 21 titulares e 21
suplentes, será formada seguindo a proporcionalidade dos partidos ou blocos
partidários.
O colegiado terá dez dias corridos para apresentar um relatório
pela admissibilidade ou não do processo de impeachment. O parecer será votado em plenário e precisa de maioria
simples (ou seja, 41 dos 81 senadores) para ser aprovado, segundo o levantamento da Folha. Se isso acontecer, Dilma é
afastada por 180 dias e o vice-presidente Michel Temer (PMDB) assume o comando
do país. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL),
avalia, segundo aliados, que essa votação poderia acontecer no dia 10 de maio.
Senadores da oposição e da própria base do governo, no
entanto, acreditam que o afastamento da presidente pode acontecer ainda no
final de abril, com votação no dia 27, por exemplo. Nesse período de 180 dias, o Senado analisará os
elementos para o impedimento e a defesa da presidente e haverá o julgamento
final. Para aprovar a perda do mandato nessa etapa são
necessários dois terços dos votos –54 senadores.
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