O mais importante dos Estados Unidos, o The
New York Times, publica grande reportagem na edição desta
sexta-feira em que destaca que o processo de impeachment contra a presidente
Dilma Rousseff está sendo liderado por políticos que enfrentam uma série de
acusações como corrupção, fraude eleitoral e até abusos de direitos humanos.
"O que destampa o debate nacional sobre a hipocrisia entre os líderes
brasileiros", diz o texto que ressalta que a presidente não é acusada de
roubar dinheiro público. "Uma raridade", diz o jornal. Com o título
"Dilma Rousseff alvo no Brasil de legisladores que enfrentam seus próprios
escândalos", a reportagem nota que, no processo de impeachment, a
presidente brasileira "não enfrenta acusação de corrupção". "Em
vez disso, ela é acusada de usar dinheiro dos gigantescos bancos públicos para
cobrir lacunas no Orçamento, danificando a credibilidade econômica do
Brasil". "A senhora Rousseff, então, é uma raridade entre as
grandes figuras políticas: Ela não é acusada de roubar dinheiro para ela
mesma", diz a reportagem do Times.
Em contraponto, a reportagem cita vários parlamentares
favoráveis à saída de Dilma que enfrentam problemas nesse tema. O deputado
Eduardo Cunha, por exemplo, é classificado como "o poderoso presidente da
Câmara que está liderando o esforço pelo impeachment está em julgamento no
Supremo Tribunal Federal sob a acusação de que embolsou US$ 40 milhões em
propinas". A reportagem também lembra de acusações de corrupção que
envolvem outros personagens centrais no processo, como o vice-presidente Michel
Temer e Renan Calheiros.
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