A votação da Medida Provisória (MP) 707/2015,
prevista para terça-feira (17), ocorrerá na primeira sessão deliberativa após o
afastamento da presidente Dilma Rousseff e a posse do presidente em exercício
Michel Temer, na última quinta (12). A mudança motivou a formação de um novo
quadro político, no qual o
Partido dos Trabalhadores estará na oposição, enquanto Democratas e PSDB passam
a apoiar o governo federal. A medida provisória, conforme texto aprovado na Câmara,
traz melhores condições de refinanciamento para produtores rurais e
caminhoneiros. Os agricultores terão mais prazo e desconto para quitarem
débitos referentes ao crédito rural, e os contratos de financiamento de
caminhoneiros com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
(BNDES) serão expandidos.
As mudanças promovidas pelos deputados, no entanto, não
foram bem recebidas pelos senadores. A MP chegou a ser colocada em votação na
terça-feira (10), mas, diante de protestos, o exame não aconteceu. O senador
Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) alertou que, quando a MP foi editada, a redação
cabia em uma página. Ao chegar ao Senado, como projeto de conversão, passou a
ter 24 páginas, em frente e verso. O senador José Agripino (DEM-RN) argumentou que a medida
é fundamental para o Nordeste, mas teme que, como os benefícios foram
estendidos a outras regiões, os resultados sejam comprometidos.
Desvinculação de receitas
A proposta de emenda à Constituição que permite aos
estados, Distrito Federal e municípios aplicar em outras despesas parte dos
recursos hoje atrelados a áreas específicas, como saúde, educação, tecnologia e
pesquisa aguarda votação em plenário. Segundo a PEC 143/2015,
apresentada pelo senador Dalírio Beber (PSDB-SC), ficam desvinculadas 25% da
arrecadação da União de impostos, contribuições sociais e de intervenção no domínio
econômico (Cide-combustíveis).
Precatórios
Outra proposta de emenda à Constituição (PEC 159/2015)
que está na Ordem do Dia é a que permite o uso de dinheiro depositado na
Justiça para pagar dívidas públicas. Os precatórios são dívidas que o governo
possui com o cidadão que ganhou um processo judicial.
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