O procurador-geral da República, Rodrigo Janot,
apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) denúncia contra a senadora Gleisi
Hoffman e o ex-ministro Paulo Bernardo, seu marido, por corrupção e lavagem de
dinheiro. A acusação é que a campanha de Gleisi ao Senado, em 2010, teria
recebido R$ 1 milhão do esquema de corrupção da Petrobras.
O ministro Teori Zavascki, relator da Lava-Jato no STF,
analisará a denúncia e levará o caso para a segunda turma do tribunal, composta
por cinco integrantes. Se os ministros aceitarem a denúncia, os dois serão
transformados em réus. Não há data prevista para essa análise acontecer. Gleisi é uma das principais lideranças do PT no Senado e
foi chefe da Casa Civil no governo da presidente Dilma Rousseff entre junho de
2011, quando Antonio Palocci deixou o cargo, e fevereiro de 2014. Ela deixou o
cargo para concorrer ao governo do Paraná e ficou em terceiro lugar na disputa.
Paulo Bernardo é ex-ministro do Planejamento (2005-2011) e das
Comunicações (2011-2015).
Advogado da senadora e do ministro, Rodrigo Mudrovitsch
afirmou à reportagem que a denúncia traz uma narrativa completamente
inverossímil e não se funda em elementos sólidos de prova. "Declarações desencontradas de delatores não devem permitir a
instauração de uma ação penal. Acredito que isso será reconhecido pelo
STF", disse. A denúncia também envolve o empresário Ernesto Kugler
Rodrigues. A participação da senadora e do ex-ministro no esquema
foi apontada pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e também pelo
doleiro Alberto Youssef, em suas colaborações premiadas.
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