Empresários da construção civil já têm cobrado de Michel
Temer, vice-presidente prestes a assumir o posto de presidente, uma agenda de
reformas para garantir o cumprimento das metas de ajuste fiscal e a retomada do
crescimento da economia brasileira. As reivindicações foram apresentadas durante a cerimônia
de abertura do 88º Encontro Nacional da Indústria da Construção Civil (Enic),
realizada na noite da última quarta-feira, em Foz do Iguaçu, no Paraná.
O presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção
(CBIC), José Carlos Martins, informou que esteve no início de maio com Temer e
apresentou a ele um conjunto de propostas para reativar a economia. Dentre elas
estão grandes reformas estruturais - que incluem a Previdência e a legislação
trabalhista - ajustes na faixa 1,5 do programa Minha Casa Minha Vida e
aceleração das concessões de obras de infraestrutura. "O investimento tem
que voltar a ser prioridade", discursou Martins. "Rejeitamos soluções
que envolvam aumentou ou criação de novos impostos", complementou.
Na mesma linha, o presidente da Federação das Indústrias
do Estado do Paraná (Fiep), Edson Luiz Campagnolo, também cobrou do governo
federal um conjunto de medidas para reversão do quadro econômico nacional.
"O Brasil precisa com urgência de uma agenda para sair da crise",
afirmou. Campagnolo disse que também já entregou a Temer uma agenda com
propostas defendidas pela Fiep, entre as quais estão a sustentabilidade fiscal
das contas públicas, reformas legais para garantir segurança jurídica e
aceleração das concessões de obras ao setor privado.
A abertura do Enic ainda contou com a presença do
governador paranaense, Beto Richa. O evento - que ocorreu enquanto o Senado
votava a aceitação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff -
estava esvaziado de nomes do primeiro escalão do Ministério das Cidades e dos
bancos públicos.
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