Sumiço de vigas de 110 toneladas é o mistério da
Olimpíada
O furto da coisa pública mais pesada de todos os tempos
foi o de seis vigas de aço: cinco de 40 metros de altura por 6 de largura e uma
de 25 metros de comprimento por 6 de espessura.
As seis somavam mais de 110 toneladas e ajudavam a
sustentar o Elevado da Perimetral, no Rio de Janeiro, junto com outras
centenas de vigas parecidas. Ninguém, até agora, sabe ao certo o dia em que
elas foram furtadas da capital fluminense em 2013. Pior: como as peças, a
investigação anda meio sumida.
Essas toneladas de aço eram tão valiosas que o engenheiro
responsável pela obra, Emílio Ibrahim, hoje com 86 anos, ia pessoalmente à
Companhia Siderúrgica Nacional, em Volta Redonda, na década de 1970, negociar a
compra do material. “Esse prefeito fez uma loucura ao derrubar a Perimetral.
Ela era importante praticamente para toda a região metropolitana”, diz, citando
um texto do arquiteto e urbanista modernista Lúcio Costa no qual ele descreve a
Perimetral como um excelente mirante para admirar “as fachadas leste e norte do
imponente mosteiro de São Bento”.
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