A Justiça potiguar condenou nesta quarta-feira (20) o
empresário Rômulo Lemos, acusado de agredir e quebrar o braço da advogada
Rhanna Diógenes em uma boate na Zona Sul de Natal em 2011. Lemos foi condenado a três
anos de reclusão por lesão corporal. Réu e Ministério Público ainda podem
recorrer da decisão. O
caso ganhou repercussão nacional. De acordo com a estudante, a agressão
aconteceu após ela se recusar a beijar o empresário. Na época, Rhanna tinha 19
anos e era estudante de Direito.
Na sentença, o juiz Alceu Cicco, da 2ª Vara Criminal da Zona
Sul de Natal, destaca que o crime cometido pelo réu foi fruto do machismo, pois
a conduta de Rômulo representa "uma afronta direta aos valores
constitucionais relativos à igualdade de gêneros, porquanto referido
posicionamento estaria imbuído de uma visão machista e patriarcal de que a
mulher é obrigada a aceitar todo e qualquer assédio, conferindo, ainda, ao
homem o direito de agredi-la quando rechaçado”, destaca a decisão.
Também na época do fato, o empresário se defendeu dizendo
que o braço da estudante teria quebrado no chão. "Ela jogou a
bebida na minha cara, segurando a minha gola. Em seguida eu achei que ela iria
jogar o copo em mim. Numa ação instintiva, automaticamente eu retirei o braço
dela. Ela provavelmente deve ter ido a escorregar pelo fato da bebida ter caído
no chão, obviamente. Deve ter quebrado o braço no chão", contou Rômulo ao G1 em outubro de 2011.
No entanto, o juiz descartou qualquer possibilidade de
Rhanna ter caído, se desequilibrado ou ter escorregado na sentença. “Na
verdade, ela foi puxada pelo braço em direção ao solo, caindo somente após
receber o golpe que fraturou os ossos de seu antebraço, concluindo-se, assim,
que as lesões por ela sofridas foram causadas pela ação direta do acusado,
sendo com ela compatíveis”, diz o documento. G1RN.COM
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