O alto número de mortes confirmadas por chikungunya no
Nordeste está desafiando médicos e pesquisadores a buscar explicações do porquê
de uma doença de taxa de mortalidade baixa apresentar saltos fora do padrão
normal. A doença é transmitida pelos mosquitos Aedes
aegypti e Aedes albopictus.
A chikungunya foi motivo confirmado de 45 mortes no 1°
semestre na região, contra 35 mortes por dengue e cinco pelo vírus da zika. O
número de mortes ainda deve crescer consideravelmente, já que há
outras 400 mortes por arboviroses em investigação nesses
Estados, todas sem causa confirmada.
O levantamento feito pelo UOL inclui dados das
secretarias estaduais de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba,
Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte. O governo de Sergipe não indica a
quantidade de mortes em seus boletins divulgados nem a secretaria estadual de
Saúde informou o número.
O Nordeste é a região do Brasil que mais sofre com o
vírus, segundo o Ministério da Saúde. Até o fim de maio, 107 mil pessoas foram
infectadas pela febre chikungunya --a região tem 87% das infecções registradas
em todo o país. O número de pessoas infectadas no Brasil em 2016 já é quase
nove vezes maior que as registradas em todo o ano passado: 13 mil. Assim como dengue e zika, não existe um tratamento
específico para chikungunya. Os sintomas são tratados com medicação para a
febre e dores articulares.
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