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terça-feira, 30 de agosto de 2016

ECONOMIA - Petrobras define uso da marca antes de vender BR

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O processo de venda da BR Distribuidora oficialmente ainda não começou. A previsão é que, nesta semana, a diretoria defina e aprove os últimos detalhes do modelo de venda, conforme o Valor apurou. Entre os detalhes está a questão do uso da marca, pois o potencial comprador terá acesso ao controle da marca líder de mercado. Será oferecido a fatia majoritária do capital votante, ainda que com objetivo de um acordo com a Petrobras, para gestão conjunta.

A estatal pretende ficar com maioria do capital total de 60% a 75%. A captura de valor ocorre na venda do controle e na captura dos dividendos. Para tanto, a BR Distribuidora terá o capital social dividido em ordinárias e preferenciais. O que o mercado financeiro chama de “teaser” da venda deve ser colocado na rua entre o fim desta semana e o começo da próxima: o pontapé inicial do processo. Normalmente, o “teaser” apresenta a oportunidade, sem indicação de valores algo como uma chamada ao mercado.

Nesse momento, potenciais interessados entregam ideias inicias de valores e modelos e as negociações começam. Os diálogos com maior potencial se transformam em acordos de confidencialidade, acesso a data-room e então surgem as propostas vinculantes aquelas que, se aceitas, significam negócio fechado, pois há obrigação do comprador. Esse é o rito normal que deve ser seguido para a venda da BR, cujo processo é coordenado pelo Citi.

Pessoas que acompanham de perto os trabalhos afirmaram ao Valor que desde que anunciou a venda de uma fatia controladora, o número de potenciais interessados que já acenaram à estatal subiu significativamente.

Os trabalhos estavam parados no aguardo de definição da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) sobre o formato da venda. Na semana passada, houve sinal verde do órgão regulador. Conforme dados do balanço de 2015 da subsidiária integral, a BR Distribuidora tinha 8,176 mil postos. No ano passado, a empresa comercializou 53,4 milhões de metros cúbicos de combustíveis, para um total de 14,3 mil clientes.

A companhia também afirmava ter a liderança do mercado revendedor, com uma fatia de 27,6% e volume de 26,8 milhões de metros cúbicos. A Ipiranga, do Grupo Ultra, é a segunda maior rede, com 7,2 mil postos de abastecimento e 25,7 milhões de metros cúbicos comercializados. A Raízen, controlada pela Shell e pela Cosan (dona da marca Esso), é a terceira colocada, com 5,7 mil postos de abastecimento.

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