A Venezuela, que detém as maiores reservas de petróleo do
mundo, está no caminho para sofrer sua mais acentuada queda na produção anual
de petróleo em 14 anos, uma vez que sofre os efeitos de uma crise econômica e
de anos de investimentos insuficientes e má administração, de acordo com dados
vistos pela Reuters e entrevistas com fontes e funcionários das companhias.
A petroleira estatal, Petroleos de Venezuela (PDVSA), está lutando para deter o
declínio da produção que se acelerou neste ano como resultado dos atrasos nos
pagamentos para fornecedores, da falta de investimento em equipamento, e
planejamento pobre nos vastos campos de petróleo do país. Nos 12 meses até junho, a produção de petróleo da Venezuela caiu 9 por cento
para 2,36 milhões de barris por dia, enquanto a Organização dos Países
Exportadores de Petróleo (Opep) aumentou sua produção em 4 por cento, de acordo
com os números oficiais do grupo.
O ministro do petróleo da Venezuela e presidente da PDVSA, Eulogio Del Pino,
confirmou no último mês um declínio de produção de 220 mil barris por dia,
cerca de 8 por cento, até agora neste ano em comparação com 2015. No entanto, ele disse que a queda circunstancial havia sido contida. O
ministério do petróleo disse depois que a produção do país se recuperou em
julho para 2,54 milhões de barris por dia, sem dar números comparativos. Os
dados ainda não foram reportados à Opep.
Dados internos de comércio e fornecimento vistos pela Reuters mostram que as
exportações de petróleo da PDVSA, que respondem a 94 por cento dos rendimentos
em moeda forte, caíram para 1,19 milhão de barris por dia em julho, excluindo
vendas independentes realizadas por seus negócios conjuntos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário