Lamentavelmente parece que o Brasil, em plena era
científica, cada vez mais está ficando mergulhado na superstição religiosa. E
esta vai se apoderando dos espaços políticos. A aberração é tanta que chegam
agora a querer que BNDES, Banco do Brasil e Caixa Econômica forneçam dinheiro
para construção de templos querendo destruir a cláusula do estado laico que não
apóia crenças.
Querem ser tratados como clientes normais, ou seja como
empresas. Mas não são as igrejas instituições sem fins lucrativos? Ao menos não
deveriam ser instituições sem fins lucrativos? É claro que deveriam ser mas de
fato não são. No Brasil a grande maioria são fábricas de milionários explorando
a credulidade dos incautos. Da Folha:
Em nome da fé Líderes evangélicos pediram que o governo
Temer faça a interlocução com bancos públicos e privados para que as igrejas
consigam linhas de financiamento para a construção de templos. “Queremos ser
tratadas como clientes comuns, sem preconceitos nem privilégios”, diz o bispo
Robson Rodovalho, presidente da Confederação dos Conselhos de Pastores do
Brasil e fundador da Sara Nossa Terra. Hoje, diz, quando tentam pegar
empréstimos, as instituições não aceitam.
Aqui se paga A demanda de Rodovalho é que o governo ajude
na articulação com os conselhos de administração dos bancos. “Ainda não se tem
confiança na igreja como cliente. Apresentamos nosso patrimônio como garantia e
não aceitam.”
Confessionário O bispo da Sara Nossa Terra, que tem cerca
de 3 milhões de fiéis, discutiu o pleito com o presidente Michel Temer e com o
ministro Henrique Meirelles (Fazenda), em julho, ainda durante o governo
interino.
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