A Polícia Federal deflagrou neste domingo, 6, duas
operações para combater fraudes no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2016.
A primeira, chamada de Operação Jogo Limpo, foi para cumprir 22 mandados de
busca e apreensão nos Estados do Maranhão, Piauí, Ceará, Paraíba, Tocantins,
Amapá e Pará, com o objetivo de reprimir fraudes no Enem. Segundo nota da PF, a
partir da análise de gabaritos apresentados em anos anteriores, pela Polícia
Federal em conjunto com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais
Anísio Teixeira (Inep), foram identificadas 22 pessoas que teriam apresentado
respostas suspeitas de fraude e que fariam a prova novamente neste ano.
A outra operação, denominada Operação Embuste, tem como
objetivo desarticular organização criminosa especializada em fraudar processo
seletivo para ingresso no ensino superior, sem o cumprimento dos requisitos
legais. De acordo com a PF, a operação consiste no cumprimento
simultâneo de 28 mandados judiciais, sendo quatro de prisão temporária, quatro de
condução coercitiva, 15 de busca e apreensão e cinco mandados de sequestro de
bens, todos expedidos pela Justiça de Montes Claros, em Minas Gerais.
Os envolvidos nessas negociações já teriam neste ano
fraudado ao menos dois processos seletivos: o vestibular realizado na cidade de
Mineiros, em Goiás, e o vestibular de Medicina de Vitória da Conquista, na
Bahia. O próximo passo do grupo consistiria em fraudar o Enem. "No decorrer das investigações, a Polícia Federal
conseguiu identificar o repasse de gabaritos, mediante moderna central
telefônica via celular, para candidatos situados em diversas partes do país, em
evidente fraude ao Enem 2016", diz nota da PF. Os presos poderão responder pelos crimes contra a fé
pública, o patrimônio, a paz pública, dentre outros delitos. Se condenados, as
penas máximas aplicadas aos crimes ultrapassam 20 anos.
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