Bilionário, famoso e polêmico ainda eram adjetivos
insuficientes para o empresário Donald Trump, 70, que agora também tem no
currículo o título de presidente dos Estados Unidos. Dono de um império
imobiliário, cassinos e campos de golfe, o magnata vai se apoderar, em 20 de
janeiro de 2017, da cadeira mais importante de seu país. Embora as pesquisas de intenção de voto indicassem o
contrário, Trump venceu a candidata democrata, a ex-secretária de Estado e
ex-primeira-dama Hillary Clinton, conquistando ao menos 276 dos 538 votos
do Colégio Eleitoral em contagem parcial dos votos pela Associated Press às
5h35 (horário de Brasília) desta quarta-feira (9).
Hillary obteve 218 votos nessa contagem e, apesar de
aparecer com pequena vantagem nas pesquisas de intenção de voto, perdeu Estados
importantes, como a Flórida, Ohio e a Carolina do Norte. Trump assumirá o cargo hoje ocupado por Barack Obama ao
lado de seu vice, o governador do Estado de Indiana, Mike Pence. Em
seu discurso de vitória, Trump se comprometeu a "renovar o sonho
americano" e
fez um apelo para a união do país. "Serei o presidente de todos os
americanos e isso é muito importante para mim".
"Para aqueles que optaram por não me apoiar, estou
estendendo a mão para a sua orientação e ajuda para que possamos trabalhar
juntos para unificar nosso grande país", disse Trump, em um apelo também
pela união de seus críticos, principalmente dentro do Partido Republicano. O mercado financeiro reagiu negativamente ainda durante a
apuração. Na Ásia, as bolsas registraram forte queda. O peso mexicano alcançou
o nível mais baixo dos últimos 20 anos.
Com Trump presidente, chega à Casa Branca a primeira
estrangeira a ser primeira-dama desde o século 19. Nascida na antiga Iugoslávia, a ex-modelo Melania Trump,
46, manteve uma presença discreta durante a campanha do marido. O tropeço na
convenção republicana de julho, quando se descobriu que havia plagiado parte de
um discurso de Michelle Obama, a fez retrair-se ainda mais.
Apenas na última semana ressurgiu para um novo discurso,
desta vez para apelar ao entendimento, em meio a uma das campanhas mais
agressivas da história americana: "Temos de encontrar uma forma melhor de
conversar, de discordar, de nos respeitarmos", disse, falando inglês com
sotaque.
Melania também apareceu em programas de TV para defender
o marido de uma das principais polêmicas dessas eleições -- o vídeo em que
Trump se gabava de apalpar as mulheres sem seu consentimento. "O homem que
conheço não é assim", afirmou Melania.
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