Sem dar detalhes sobre o texto do projeto de reforma na
Previdência, de autoria do Executivo, o presidente Michel Temer ressaltou nesta
segunda-feira que a proposta não vai mexer com direitos adquiridos, haverá
regras de transição e valerá também para os mais jovens. O encontro também
contou com a participação dos ministros Eliseu Padilha (Casa Civil), Henrique
Meirelles (Fazenda), e do secretário de Previdência do Ministério da Fazenda,
Marcelo Caetano. Após o discurso de Temer, Padilha confirmou que a
idade mínima para aposentadoria será de 65 anos.
Na reunião, o presidente justificou a necessidade de se
fazer a reforma, tema considerado impopular, em razão do impacto que atualmente
as aposentadorias têm nos cofres da União. Ele também lembrou que outros países que também passam
por dificuldades nas finanças tiveram que realizar ajustes. "Países ricos
tiveram que fazer ajustes radicais para enfrentar dificuldades nesse setor.
Cada país deve levar em conta suas peculiaridades locais. Se aqui fizéssemos
cortes de salários, imaginem as dificuldades que teríamos",
considerou.
A divulgação do projeto ocorre em meio às incertezas e
piora do quadro econômico que ocasionaram uma maior pressão por parte de
mercado financeiro e de lideranças dos partidos da base aliada, que cobram
novas medidas, além da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que estabelece o
limite de gastos públicos. Diante da pressão, Temer aproveitou a ocasião para
reforçar o apoio à atual equipe econômica, em especial o ministro da Fazenda,
Henrique Meirelles.
Na avaliação do presidente as medidas tomadas hoje
garantirão uma transição pacífica até 2018 quando ocorrerão novas eleições
presidências. "Transição que garanta um futuro prospero e pacífico para o
Brasil. Tenho absoluta convicção e certeza que entregaremos daqui dois anos um
país mais equilibrado. Eu preciso contar cada vez mais com o Congresso Nacional
e com o apoio da opinião publica", disse. estadao/COM REUTERS
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