Relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), o
ministro Teori Zavascki morreu na tarde desta quinta-feira (19), aos 68 anos,
após a queda de um avião em Paraty, no litoral sul do Rio de Janeiro. A morte
de Teori foi confirmada pelo filho do magistrado Francisco Zavascki em uma rede
social. Às 17h05, o filho do ministro, Francisco Prehn Zavascki,
escreveu no Facebook: "Caros amigos, acabamos de receber a confirmação de
que o pai faleceu! Muito obrigado a todos pela força!". Às 17h22, ele já
havia publicado: "Amigos, infelizmente, o pais estava no avião que caiu!
Por favor, rezem por um milagre".
No meio da tarde desta quinta, chegou ao STF a informação
de que o nome do ministro estava na lista de passageiros da aeronave que caiu
no litoral fluminente. A lista foi entregue para a presidente da Corte,
ministra Cármen Lúcia, e também para o presidente da República, Michel Temer. A Infraero informou que a aeronave prefixo PR-SOM, modelo
Hawker Beechcraft King Air C90, decolou às 13h01 do Campo de Marte, na capital
paulista. O avião é de pequeno porte e tem capacidade para oito pessoas. A Anac informou que a documentação da aeronave estava em
dia, com o certificado válido até abril de 2022 e inspeção da manutenção
(anual) válida até abril de 2017.
O dono e operador da aeronave é o Hotel Emiliano, segundo
informações de abril de 2016 disponíveis no Registro Aeronáutico Brasileiro,
documento divulgado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que reúne
uma relação de todas as aeronaves brasileiras certificadas pela Anac.
Viúvo desde 2013, Teori deixa três filhos. Ele se
tornou ministro do STF em 2012 por
indicação da então presidente da República, Dilma Rousseff.
Natural de Faxinal dos Guedes (SC), Teori também foi
ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), presidiu o Tribunal Regional
Federal da 4ª região (Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná) entre 2001 a
2003 e atuou como juiz do Tribunal Regional Eleitoral na década de 1990. Ele ingressou na carreira jurídica em 1971, em Porto
Alegre, como advogado concursado do Banco Central, onde atuou por sete anos. No
anos 80, o magistrado se transferiu para a superintendência jurídica do Banco
Meridional do Brasil.
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