Só 77 participantes conseguiram tirar nota
máxima (1.000)
na redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem)
de 2016. A média das redações ficou entre 501 e 600 pontos. Em 2015, foram 104
notas máximas e, em 2014, 250. Em balanço divulgado nesta quarta-feira, o
Ministério da Educação (MEC) informou
que foram anuladas ou obtiveram nota zero em redação 291.806 provas, seja
porque o estudante fugiu do tema (erro cometido por 46.974 participantes), por
cópia do texto motivador (8.325) ou por ferir os direitos humanos (4.798).
Nesta edição do exame, os participantes tiveram as
maiores médias na área de ciências humanas e suas tecnologias, com 533,5
pontos. A segunda maior média foi na área de linguagens e códigos (520,5),
seguido de matemática (489,5) e, por último, ciências da natureza, cuja média
nacional ficou em 477,1.
Dos 8.630.306 inscritos para a prova no ano passado,
2.667.899 se ausentaram, o equivalente a 28,9%. No primeiro dia da prova, 3.942
(0,05%) inscritos foram eliminados e no segundo dia o número de eliminados
subiu para 4.780 (0,06%). A maioria das eliminações no Enem, 44,5%, ocorreu
porque o estudante deixou de marcar o tipo de prova ou não escreveu a fase
exigida para validar o exame.
O maior número de notas zero no Enem 2016 foi em
matemática, com 5.734, seguido de linguagens (3.862), ciências da natureza
(3.109) e ciências humanas (1.804). A maioria das notas zero se deveu por não
comparecimento no dia do exame ou por deixar a redação em branco (206.127). Já
a maior nota do Enem foi em matemática (991,5 pontos) e a mais baixa em
linguagens (287,5). Entre os participantes, 54.317 eram presos e neste grupo,
42.331 pediram o certificado de conclusão do Ensino Médio, mas só 6,7%
conseguiram nota suficiente para passar no exame. De acordo com o MEC,
1.033.761 estudantes solicitaram a certificação do Ensino Médio, mas só 7,7%
atingiram a nota mínima em todas as áreas. Em virtude da ocupação em escolas,
265.412 participantes tiveram a aplicação da prova adiada.
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