A Fifa parece ter coração de mãe, onde sempre cabe mais
um. Após reunião do conselho técnico da entidade, na Suíça, ficou decidido que
o Mundial de 2026, ainda sem sede, terá 48 países — um inchaço de 50% de
competidores. O ítalo-suíço Gianni Infantino, que assumiu a Fifa no início de
2016, sempre batalhou para aumentar o número de seleções, dando prioridade para
África e Ásia.
Para alguns dirigentes da Fifa, trata-se de uma retribuição de
favores, já que esses continentes apoiaram sua candidatura. Para outros, porém,
a medida atende a algumas demandas apenas comerciais. A distribuição das vagas
nas Eliminatórias ainda depende de aprovação da Fifa, que deve acontecer em
março, mas um acordo prévio entre as federações dividiu desta maneira: Europa
(16 vagas), África (9 vagas diretas e uma na repescagem), Ásia (8 vagas diretas
e uma na repescagem), América do Sul (6 vagas diretas e uma na repescagem),
Américas do Norte, Central e Caribe (6 vagas diretas e uma na repescagem) e
Oceania (uma vaga).
O formato da competição, que passaria a ter 40 dias de
duração, ainda será discutido internamente, mas uma ideia inicial propõe uma
etapa preliminar com 32 seleções, no modelo mata-mata. Os vencedores se
juntariam aos 16 melhores na fase de grupos — oito com quatro países em cada,
como é o atual modelo.
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