Sem entrar. Equipes de resgate içaram os feridos para
fora da unidade;
socorristas também esperaram pacientes no hall
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O governo do Estado começará neste sábado, 21, a
colocação de contêineres que servirão de barreira improvisada para a construção
de um muro de concreto que vai separar o Primeiro Comando da Capital (PCC) do
Sindicato do Crime (SDC) na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, na Grande Natal.
De acordo com o Executivo, logo após a instalação dos contêineres terá início a
obra do muro. O local está há uma semana sob controle dos presos e o Ministério
Público cobra ação com força policial. Agentes penitenciários ameaçam fazer
greve a partir de quarta.
O Ministério Público Estadual do Rio Grande do Norte
emitiu recomendação ao governador do Estado, Robinson Faria (PSD), para que,
diante do que classificou como “barbárie”, com ao menos 28 mortes confirmadas
desde sábado passado, sejam tomadas “providências efetivas”. Para isso, o
procurador-geral, Rinaldo Reis Lima, e promotores pedem que se faça uso da
força policial necessária para encerrar o motim e retirar mortos e feridos,
além de armas e drogas.
Os presos feridos durante o confronto de quinta foram
levados para o Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel. A exemplo do que aconteceu
na quinta – quando os socorristas não entraram na cadeia, mas ficaram na
entrada, esperando os detentos que precisavam de atendimento –, os agentes não
ultrapassaram os muros da unidade. Os presos que saíram feridos foram alçados por cordas nas
macas colocadas para dentro da unidade carcerária pelo Corpo de Bombeiros.
Ainda de acordo com informações do Executivo, a medida visou a garantir a segurança
dos profissionais que atuaram na ação de resgate.
Já os corpos dos presidiários que morreram durante este
segundo embate ainda não foram retirados. A Secretaria de Justiça e Cidadania
(Sejuc) confirmou que há pelo menos duas mortes, mas evitou ser mais precisa. O
motim foi retomado após a saída da maior parte dos policiais de batalhões de
operações especiais, que haviam entrado no local no fim da tarde de quinta. Com
o término da operação, os pavilhões das unidades prisionais voltaram a ser
controlados pelos detentos. A circulação livre dos presos pelos pavilhões podia
ser vista por vizinhos e por todos que observavam a cadeia a distância. Alguns
deles voltaram a ocupar o teto dos pavilhões, ainda com as bandeiras hasteadas
e com celulares nas mãos.
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