Vinte e sete presos morreram na rebelião da Penitenciária
de Alcaçuz que já é a mais violenta da história do Rio Grande do Norte. A
informação foi confirmada pelo Governo do Estado. O motim começou na tarde de
sábado (14) e terminou 14h depois já na manhã deste domingo (15).
Os corpos foram levados para o Instituto de
Técnico-Científico de Polícia (Itep) para que seja feita a identificação. Um
caminhão frigorífico foi alugado para armazenar os corpos enquanto não acontece
a liberação para os sepultamentos. Além disso, legistas do Ceará e da Paraíba
foram deslocados para ajudar no trabalho de identificação. Alguns presos foram
decapitados e outros esquartejados. Nove presos que estavam com ferimentos graves foram
transferidos para o Pronto-socorro Clóvis Sarinho, em Natal. De acordo com a
direção do hospital, nenhum deles corre risco de morte, mas não há previsão de
alta.
Em entrevista coletiva realizada na manhã deste domingo
(15) o Governo do Estado informou que identificou pelo
menos seis líderes da rebelião. De acordo com a Secretaria de Justiça e
Cidadania (Sejuc), o governo vai pedir a transferências dos líderes para
presídios federais. Outros detentos devem ser transferidos ainda neste domingo
(15) para outras unidades prisionais do estado.
O titular da Sejuc, Wallber Virgolino, confirmou que os
presos do pavilhão 5 invadiram o pavilhão 4. Segundo ele, um trabalho de
contenção realizado por agentes penitenciários com o uso de bombas de efeito
moral evitou a entrada dos rebelados no pavilhão 1. "Em termos de número
de mortes essa é a maior rebelião da história do Rio Grande do Norte",
disse.
Ainda de acordo com o secretário, a rebelião no Rio
Grande do Norte não tem relação confirmada com os motins no Amazonas e em
Roraima. "Não há confirmação de relação, mas com certeza as rebeliões
naqueles presídios incentivaram o que aconteceu aqui", disse Virgolino. Três equipes de delegados da Divisão de Homicídios e
Proteção à Pessoa (DHPP) e 15 homens estão responsáveis pela perícia dos locais
de crime. A Penitenciária de Alcaçuz, segundo o governo, ficou
parcialmente destruída e não há previsão para reconstrução. Ainda na tarde de
sábado (14) um detento fugiu da penitenciária, mas foi recapturado em seguida. G1RN
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