Um dos principais aliados do presidente Michel Temer no
Congresso Nacional, Rodrigo Maia (DEM-RJ), 46, foi reeleito nesta quinta-feira
(2) presidente da Câmara dos Deputados. A vitória em primeiro turno, por 293 votos, lhe confere
um mandato de dois anos em um cargo que, hoje, é o primeiro na linha sucessória
da Presidência da República.
O êxito ocorre um dia depois de o ministro Celso de
Mello, do Supremo Tribunal Federal, negar
concessão de liminar pedida
por adversários para impedir a candidatura de Maia, já que a Constituição veda a
reeleição, mas não é explícita sobre mandatos-tampões, que é o seu
caso. O mérito dessa questão ainda será julgado.
Maia tem ainda contra ele suspeitas de envolvimento no
escândalo de corrupção na Petrobras –sob o apelido "Botafogo", ele é
citado como beneficiário de R$ 600 mil na delação da
empreiteira Odebrecht, cujos detalhes ainda não vieram oficialmente
a público.
O presidente da Câmara terá também que contornar a
dissidência na base de Michel Temer formada justamente pela eleição desta quinta.
Três dos cinco adversários que derrotou –Jovair Arantes (PTB-GO), com 105
votos, Júlio Delgado (PSB-MG), com 28 votos, Jair Bolsonaro (PP-RJ), com quatro
votos— são da base governista. A oposição lançou dois candidatos, André Figueiredo
(PDT-CE), que teve 59 votos, e Luiza Erundina (PSOL-SP), com dez votos. A
votação foi secreta.
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