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segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

BRASIL - Telexfree: 22 são denunciados por suposto crime de pirâmide financeira

O Ministério Público Federal no Espírito Santo (MPF/ES) enviou à Justiça três denúncias contra 22 pessoas por supostos crimes de pirâmide financeira e de operar instituição financeira clandestina no caso Telexfree. Entre os denunciados estão os sócios-administradores da empresa, Carlos Roberto Costa e Carlos Nataniel Wanzeler, além de investidores, divulgadores e familiares dos empresários.


Em uma das denúncias, Costa, Wanzeler e sua, Lyvia Mara Wanzeler, são acusados de sonegar quase R$ 90 milhões em impostos e de prestar informações falsas à Receita Federal sobre a Ympactus Comercial S.A, popularmente conhecida como Telexfree. Os três também teriam cometido crimes contra a economia popular (em razão da pirâmide financeira), de emitir, oferecer e negociar valores mobiliários sem registro e autorização da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e de operar instituição financeira clandestina, segundo a denúncia.

De acordo com o MPF/ES, o trio negociava valores em forma de contratos de adesão da Telexfree e por meio da promessa de venda do empreendimento hoteleiro Best Western Tijuca Telexfree. Além disso, atuavam ilegalmente sob a forma de instituição financeira realizando operações de câmbio (compra e venda de moeda estrangeira), envio de dinheiro para o exterior, empréstimos e adiantamentos.

Os outros 19 denunciados são acusados apenas dos crimes de pirâmide e de operar instituição financeira clandestina. O norte-americano James Matthew Merril, também sócio da Telexfree, não foi denunciado porque negocia os termos de seu acordo de colaboração nos Estados Unidos e, posteriormente, os termos da internalização desse acordo pelas autoridades brasileiras, segundo o MPF/ES.

As denúncias são os primeiros resultados de uma investigação conjunta entre MPF/ES, Polícia Federal e Receita Federal. Também houve compartilhamento de informações e de provas com as autoridades dos Estados Unidos e com a Justiça e o Ministério Público do Acre.

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