O juiz Ricardo Augusto Soares Leite, substituto da 10ª
Vara Federal de Brasília, decidiu suspender as atividades do Instituto Lula, a
pedido do Ministério Público Federal (MPF). A decisão foi tomada no processo em que o ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva é réu, junto com mais seis pessoas, acusado de tentar
obstruir as investigações da Operação Lava Jato. Segundo a denúncia, o
ex-presidente agiu
para comprar o silêncio do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró. O
processo teve origem na delação premiada do ex-senador Delcídio do Amaral.
Soares Leite entendeu que o Instituto Lula, apesar de
desenvolver projetos de intuito social, pode ter sido usado como instrumento ou
local de encontro para o cometimento de crimes diverso, entre os quais,
ilícitos fiscais. O magistrado destacou que o próprio Lula disse, em seu
depoimento na ação, disse que o local era usado como ponto de discussão de
diversos assuntos. O ex-presidente referiu-se ao instituto como “Posto
Ipiranga”, em alusão a uma campanha publicitária sobre uma rede de postos em
que se pode saber dos mais diversos assuntos.
O
juiz não determinou prazo para a suspensão das atividades. Lula prestou depoimento nesta ação penal em meados de
março. Na ocasião, ele negou todas as acusações e disse ser “vítima de um
massacre”. Procurada, a defesa de Lula ainda não retornou os pedidos de
comentário.
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