Uma ação do Ministério Público Federal no Rio Grande do
Norte (MPF/RN) resultou na condenação do ex-deputado estadual Gilson Moura e do
Supermercado Nordestão, dentro da chamada Operação Pecado Capital. As
investigações apontaram que, pelo menos, R$ 30 mil em multas que deveriam ser
aplicadas ao supermercado, em 2008, pelo Instituto de Pesos e Medidas (Ipem/RN)
foram substituídas por punições mais leves, como simples advertências.
Em troca, a empresa doou, irregularmente, alimentos à
campanha do parlamentar, que foi candidato a prefeito de Parnamirim em 2008.
Gilson Moura foi quem indicou Rychardson de Macedo, então diretor geral do
Ipem/RN, e comandava junto com ele e outros envolvidos (dentre os quais o
advogado Lauro Maia, filho da então governadora Wilma de Faria) o esquema de
irregularidades desbaratado pela Operação Pecado Capital.
Na ação de improbidade, de autoria do procurador da
República Rodrigo Telles, o MPF apontou que o instituto reduziu a fiscalização
e impôs simples advertências à empresa, em seis ocasiões, mesmo quando o
Nordestão foi flagrado de forma reincidente na prática de infrações
administrativas, pelos fiscais do Ipem. Os produtos doados pela empresa, como
propina, foram oferecidos como “cafés da manhã”, pelo então candidato Gilson
Moura, a seus potenciais eleitores à Prefeitura de Parnamirim.
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