Egresso do curso de Direito da UERN, o defensor público José Almeida Júnior conquistou um dos prêmios literários mais concorridos do país – a 14ª Edição do Prêmio SESC de Literatura. O livro “Última Hora”, de autoria de José Almeida Júnior, foi vencedor na categoria romance. Este é o romance de estreia do autor e será editado pela Record.
José Almeida Júnior é mossoroense, tem pós-graduação em Direito Processual pela Universidade do Amazonas-UNAMA e em Direito Civil pela Universidade Anhanguera. Há 10 anos mora em Brasília/DF, onde exerce o cargo de Defensor Público do Distrito Federal.
O prêmio SESC de Literatura é considerado o mais importante para o autor estreante, especialmente por revelar talentos. “É muito importante porque proporciona a publicação numa grande editora e insere o autor no circuito cultural do SESC em todo país. Já fui convidado para participar da programação do SESC na Flip desse ano”, comentou José Almeida.
A previsão de entrega do prêmio é para novembro. “Em dezembro pretendo fazer o lançamento em Mossoró, provavelmente na UERN. O gosto pela literatura veio dos tempos do Colégio Diocesano. Tínhamos uma turma que se reunia para conversar sobre literatura. Íamos, após a aula, à biblioteca municipal, sebos e lojas de 1,99, que vendiam livros de coleções antigas da Folha e Estadão”, afirmou José Almeida.
SOBRE O LIVRO – “Última Hora” trata de uma romance histórico passado no jornal homônimo fundado por Samuel Wainer, em 1951, com ajuda de Getúlio Vargas, para fazer um contraponto à imprensa que era oposição ao presidente. O livro é narrado sob ponto de vista de um personagem fictício chamado Marcos. Por ter sido vítima de tortura no Estado Novo, Marcos reluta em trabalhar para o periódico, mas acaba aceitando a oferta de Wainer em razão de problemas financeiros. Vivendo o dilema de escrever para um jornal que apoia o governo de Vargas, Marcos acompanha a Última Hora desde a fundação até as crises que quase levam ao seu fechamento.
Para embasar os fatos históricos narrados no romance, o autor consultou jornais da época, anais da Câmara dos Deputados, autos da CPI que investigou o Última Hora, além de vasta bibliografia, que incluiu biografias, livros de história, dissertações de mestrado e teses de doutorado a respeito do tema.
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