A presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da
Venezuela, Tibisay Lucena, anunciou neste domingo (4) que o organismo votará amanhã (5) sobre a eleição de uma Assembleia Nacional Constituinte, que
redigirá uma nova Constituição, seja realizada no dia 30 de julho, "para
sua aprovação". A informação é da Agência EFE. Esta "data definitiva", segundo explicou, foi
proposta pela Junta Nacional Eleitoral e será discutida nas próximas horas
pelas cinco autoridades do CNE, quatro das quais são ligadas ao governo de
Nicolás Maduro, que promove este processo.
Nesse dia, segundo a proposta da Junta, serão eleitos 545
representantes em todo o país por meio de dois tipos de votações: 364 no
"âmbito territorial" e 181 no "âmbito setorial", entre eles
oito que serão escolhidos pelos povos indígenas respeitando os seus "usos
e costumes" e mediante "assembleias comunitárias". Lucena destacou que 55.314 pessoas se inscreveram no site
do CNE com a intenção de serem candidatas nesta eleição, entre elas 19.876
aspirantes na modalidade de votações territoriais e 35.438 para as setoriais. De acordo com as bases eleitorais que regerão este
processo, que foram propostas por Maduro e aprovadas pelo CNE, o âmbito
territorial estabelece que todos os municípios do país elegerão um
representante, com exceção das capitais de estado que terão dois, e do
município de Libertador, em Caracas, que elegerá sete.
No âmbito setorial serão eleitos 24 representantes pelos
estudantes, oito por camponeses e pescadores, cinco pelos empresários, 28 pelos
aposentados, 24 pelos conselhos comunais e 79 pelos trabalhadores. A Mesa da Unidade Democrática (MUD), coalizão dos
partidos de oposição ao governo de Maduro, já antecipou que não participará
deste processo, que qualificou como fraudulento, e, por outro lado, convocou
seus simpatizantes a continuar se manifestando nas ruas.
Fonte: agencia brasil
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