SÃO PAULO - A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) suspendeu a venda de 38 planos de saúde de 14 operadoras. A decisão atinge mais 739 mil consumidores que, segundo a agência, "estão sendo protegidos". Os planos são alvo de reclamações recorrentes sobre cobertura. A medida é preventiva e vai até a divulgação do próximo ciclo de monitoramento.
Além de terem a comercialização suspensa, as operadoras que negaram cobertura indevidamente podem receber multa que varia de R$ 80 mil a R$ 250 mil.
As companhias proibidas de comercializar novos planos a partir do dia 9 de junho são: Salutar, Federação das Sociedades Cooperativas de Trabalho Médico do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima, Geap, Unimed Norte-Nordeste, Caixa de Assistência à Saúde — Caberj, Associação Auxiliadora das Classes Laboriosas, Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil, Esmale Assistência Internacional, Serra Imperial, Santa Rita, Ecole, União Médica — Cooperativa de Trabalho Médica de Feira de Santana, Caberj Integral Saúde e Caixa Seguradora.
Das 14 operadoras que estão neste ciclo, quatro já tinham planos suspensos no período anterior, do quarto trimestre de 2016, e dez não constavam da última lista de suspensão. Seis operadoras poderão voltar a comercializar 30 produtos que tiveram a venda suspensa. Três foram liberadas para voltar a comercializar todos os produtos que estavam suspensos e três tiveram reativação parcial. Isso ocorre quando há comprovada melhoria no atendimento aos beneficiários.
Neste ciclo, a ANS recebeu 14.537 reclamações de natureza assistencial em seus canais de atendimento, no período de 1º de janeiro a 31 de março. Desse total, 12.360 queixas foram consideradas para análise pelo programa de Monitoramento da Garantia de Atendimento.
Segundo a agência, os beneficiários dos planos que foram suspensos continuam a ter assistência regular até que as operadoras resolvam seus problemas e possam receber novos beneficiários
Valor e Agência Brasil
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