A região Norte é a líder em assassinatos de defensores, com 32 casos registrados no ano passado. "[As mortes são] Quase em sua totalidade resultantes de conflitos por terra, seja através do assassinato de trabalhadoras e trabalhadores rurais, ou lideranças que atuavam na defesa do direito à terra e contra as investidas de madeireiros, grileiros, latifundiários e grandes empresas", aponta o relatório.
O Estado de Rondônia concentra mais de metade dos casos da região, com 19 mortes --maior número do país. "Em todo o estado de Rondônia são recorrentes as denúncias que apontam uma articulação de grandes proprietários de terras, agentes públicos da Polícia Militar e grupos de pistoleiros que resulta em ataques e ameaças a defensoras e defensores de direitos humanos, assim como em um forte processo de criminalização, difamação e deslegitimação dos movimentos sociais", explica.
A região Nordeste vem em seguida, com registro de 24 assassinatos, sendo 15 deles no Maranhão. "O Maranhão foi o estado que mais concentrou assassinatos de indígenas no Brasil, em 2016, de acordo com os dados registrados pelo CBDDH. Foram 08 assassinados, sendo 06 pessoas do povo Guajajara. Destaca-se também o assassinato de 02 lideranças comunitárias, na cidade de São Luís, supostamente por contrariarem os interesses do tráfico nos bairros de Coroadinho e Tibirizinho", aponta o dossiê.
As demais regiões têm números mais tímidos. No Centro-Oeste foram quatro mortes, e três em Sudeste e Sul.
Para a entidade, porém, existe uma "significativa sub-notificação" de dados, especialmente nas cidades --onde atuam defensores de direito à moradia, população LGBT, profissionais do sexo, juventude negra, lideranças comunitárias, midiativistas de favelas e periferias.
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