A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) avalia
medidas para reduzir os juros do cheque especial. Em nota publicada ontem (17),
a entidade informou que estuda ações para melhorar o ambiente de crédito no país
e reduzir o spread bancário,
diferença entre os juros que o banco paga para captar dinheiro de investidores
e as taxas cobradas dos tomadores de empréstimos e financiamentos.
O comunicado não entrou em detalhes. Em dezembro, segundo
os dados mais recentes da Associação Nacional dos Executivos de Finanças
Administração e Contabilidade (Anefac), os juros do cheque especial estavam em
295,48% ao ano. Dessa forma, alguém que contrai R$ 1 mil nessa modalidade deve
R$ 3.295,48 ao fim de 12 meses, se não quitar a operação. O cheque especial
está somente atrás do cartão de crédito, que encerrou 2017 com taxa de 321,63%
ao ano.
Hoje (17), o presidente da Febraban, Murilo Portugal,
reuniu-se com o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Eduardo Guardia.
Na saída do encontro, não confirmou se a redução de juros do cheque especial
foi discutida. Apenas disse que os dois trataram de medidas tributárias. Mais cedo, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles,
disse a jornalistas que os juros do cheque especial são elevados. Ele confirmou
que o Banco Central (BC) estuda medidas para a redução das taxas, mas negou que
exista alguma ação definida.
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