O presidente Michel Temer afirmou
que tem sofrido uma “oposição radical”, mas “curiosa”, porque não há
manifestações contra ele na rua. Segundo ele, isso ocorre porque a população
está notando a diferença entre o que ocorreu “no passado” e o que ocorre em seu
governo.
“Todo mundo percebe que eu tenho sofrido uma oposição
radical, mas uma oposição curiosa: Não tem gente na rua. Você perceber que,
muitas vezes, quando há movimentos contra o presidente a serem examinados pelo
Congresso Nacional… Não há uma pessoa em frente ao Congresso Nacional, não há
um movimento de rua. O que acontece é que o povo está percebendo o que
aconteceu no passado e o que está acontecendo agora”, disse em entrevista ao
programa de estreia do apresentador Amaury Jr. na Band na madrugada deste
domingo, 28.
A entrevista faz parte de uma ação do Planalto para
divulgar e tentar popularizar a reforma da Previdência. Neste domingo, o
presidente será entrevistado pelo apresentador e dono do SBT, Silvio Santos. Na
segunda-feira, 29, estará no programa do Ratinho, também no SBT.O presidente
ainda afirmou que quer ser lembrado como “o sujeito que fez as reformas
indispensáveis ao País”.
Uma dessas tarefas é a aprovação da reforma da
Previdência, que, segundo ele, já está sendo absorvida pela população. “E
absorvido pela população isso repercutirá no Congresso Nacional. Tenho certeza
que em fevereiro vamos conseguir aprovar a reforma da Previdência”, reiterou.
Temer destacou que, além de ser necessária para garantir
a aposentadoria da população, há um efeito internacional significativo da
aprovação da reforma da Previdência, comentando o recente rebaixamento do
rating do Brasil pela agência de classificação de risco S&P. “O que levou a
essa nota de crédito foi a história de que você não vai conseguir a reforma da Previdência
e isso é fundamental para o Brasil.”
Ele ainda lembrou as medidas de seu governo, como a
reforma trabalhista, a recuperação do “prestígio da Petrobras” e o
estabelecimento do teto de gastos. “Quem é que teve coragem de estabelecer um
teto para os gastos públicos? Porque o que o governante mais quer é gastar, se
tiver interesses eleitorais, sem dúvida alguma, quanto mais gastar, melhor”,
defendeu ele.
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