Wesley Batista, um dos sócios da JBS, passará a cumprir
prisão domiciliar, de acordo com decisão da 6ª Turma do Superior Tribunal de
Justiça (STJ). A informação foi divulgada pelo colunista Lauro Jardim, de O
Globo, na tarde desta terça-feira (20). O irmão dele, Joesley Batista, segue
preso. Wesley ocupa uma das celas da Superintendência da Polícia
Federal, na capital paulista, desde setembro do ano passado, quando foi
detido, na segunda fase da Operação Tendão de Aquiles.
Os mandados foram expedidos pela 6ª Vara Criminal Federal
de São Paulo, a pedido da PF, dentro das investigações sobre o uso indevido de
informações privilegiadas em transações no mercado financeiro, entre 24 de
abril e 17 de maio deste ano. Nesse período, foram divulgadas dados
relacionadas a acordo de colaboração premiada firmado pela J&F com a
Procuradoria-Geral da República.
O inquérito apura ordens de venda de ações de emissão da
JBS S/A na Bolsa de Valores pela empresa controladora, a FB Participações S/A,
e a compra dessas ações em mercado, por parte da JBS. Com as irregularidades, o
mercado era manipulado, fazendo com que os acionistas absorvessem parte do
prejuízo gerado pela baixa das ações. As informações são da Agência Brasil. Outra situação foi a intensa compra de contratos de
derivativos de dólares pela JBS S/A, em desacordo com a movimentação usual da
empresa, que se favoreceu com a alta da moeda norte-americana após o dia 17.
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