O Brasil iniciou 2018 com aumento da taxa de desemprego
acima do esperado e do número de pessoas sem trabalho, reflexo das demissões
sazonais após as vagas temporárias de final de ano, mas também da reação débil
do mercado de trabalho à recuperação econômica. A taxa de desemprego brasileira
subiu a 12,2% no trimestre até janeiro de acordo com os dados da Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua divulgada pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira. O resultado voltou ao mesmo patamar visto no trimestre
até outubro do ano passado, depois de a taxa ter ficado em 11,8% no final
do ano passado, e veio acima da expectativa em pesquisa da Reuters de 12%.
Entre novembro e janeiro, o País tinha 12,689 milhões de
pessoas desempregadas, contra contingente de 12,3 milhões no quarto trimestre
de 2017 e de 12,921 milhões no mesmo período do ano anterior.
Já o número de pessoas ocupadas caiu no período a 91,702
milhões, sobre 92,1 milhões no período anterior e 89,854 milhões no mesmo
período do ano anterior. O emprego informal continua ditando a regra no mercado de
trabalho, que ainda mostra dificuldades de deslanchar após dois anos de
recessão, apesar do cenário de inflação e juros baixos, com recuperação da
atividade.
Na comparação com o mesmo período do ano passado, o
número de trabalhadores no setor privado sem carteira assinada subiu 5,6 por
cento e era de 10,987 milhões no trimestre até janeiro. Ao mesmo tempo, o
contingente de empregados com carteira caiu 1,7% e foi a 33,296 milhões. A Pnad Contínua mostrou ainda que o rendimento médio do
trabalhador foi a R$ 2.169 reais nos três meses até janeiro, sobre R$ 2.161 no
trimestre até dezembro e 2.135 reais no mesmo período do ano anterior.
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