Os mais de 56 mil alunos que fazem parte da rede pública
de ensino de Natal (número revelado pelo próprio Executivo na última
quinta-feira, 15, na Câmara Municipal) poderão ficar sem aulas no próximo mês
de março caso as reivindicações dos professores municipais não sejam atendidas
pela Prefeitura. Quem garantiu esta informação foi José Teixeira, diretor do
Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Rio Grande do Norte (Sinte-RN) nesta
sexta-feira, 16, em entrevista concedida ao Agora RN.
De acordo com o sindicalista, o fato da educação
municipal estar sofrendo com a falta de merenda, aliada a demanda reprimida e
ao novo fato dos servidores da área não terem identificado o reajuste do
piso salarial no último mês de janeiro – conforme prevê a legislação – têm
incentivado os trabalhadores para que eles decretem greve. Ainda segundo ele, a
categoria solicitou reuniões com a secretária Justina Iva e o prefeito Carlos
Eduardo para discutir a situação, mas até agora não foi atendida por nenhuma
das partes.
“Estamos em contato constante com a Secretaria de
Educação para tentarmos um diálogo com a secretária, mas ela, a exemplo do
prefeito Carlos Eduardo, ainda não nos atendeu e nem nos deu satisfação de
nada. Desta forma, nós vamos nos reunir no próximo dia 15 de março, faremos uma
assembleia geral e daremos o indicativo de greve. Caso o Executivo não
aceite nos receber para corrigir os problemas da educação de Natal,
decretaremos a greve em no máximo 72h, ou seja, próximo do dia 18 do mês que
vem”, anunciou.
Apesar dos problemas citados pelo sindicalista no contato
com a reportagem, o prefeito Carlos Eduardo, no ato da leitura da mensagem
anual do Executivo aos vereadores na última quinta-feira, destacou a área da
educação como uma das mais favorecidas em sua gestão na capital. Dentre os
pontos positivos, citou a abertura de 12 mil novas vagas na rede pública
entre os anos de 2013 e 2017, além do reajuste acumulado de 79,43% nos salários
dos professores (no mesmo período, o Piso Nacional cresceu 46,7%).
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