A população idosa do Brasil já era a quinta maior do
mundo em 2016, segundo o Ministério da Saúde. A previsão para 2030 é de que o
número de idosos no país ultrapasse o total de crianças entre zero e 14 anos.
“Uma das consequências dessa inversão na pirâmide social é a presença cada vez
maior de pessoas com mais idade no mercado de trabalho e nas instituições de
ensino”, explica Benhur Gaio, reitor do Centro Universitário Internacional Uninter.
De acordo com o Censo-2016 do Instituto Nacional de
Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP), das mais de 8 milhões de pessoas
matriculadas em cursos de graduação, presenciais e a distância, cerca de 24 mil
têm idade superior ou igual a 60 anos.
Layla Salmen Vale, de 86 anos é uma delas. Ela cursa
Letras (Licenciatura) na modalidade a distância (EAD) da Uninter de Governador
Valadares (MG). A história de Layla é como a de muitos idosos brasileiros.
Casou-se aos 22 anos, teve 10 filhos e não conseguiu terminar os estudos quando
era jovem. Com 34 anos, iniciou o ginásio, e, aos 38 anos, começou a trabalhar com
Magistério. Mas sempre teve o sonho de fazer um curso de ensino superior.
“Fiquei muito feliz com a possibilidade de voltar a estudar. Agora, com
tecnologia da internet, poderei aprimorar os meus conhecimentos em casa, com a
ajuda da minha nora”, conta Layla.
A estudante se matriculou no centro universitário por
indicação do filho, Emílio do Vale, que está cursando Geografia na mesma
instituição. Pouco deslocamento, flexibilidade de horário e ritmo de estudo
definido pelo aluno são alguns dos diferenciais do EAD. “Há mais de dez anos
ele ouvia a mãe dizer que queria fazer um curso superior, mas não havia nenhum
próximo da sua região”, conta Daniel Magalhães, gestor do polo Uninter em
Governador Valadares.
Para facilitar o acesso desse público às ferramentas
disponibilizadas pela Uninter, os alunos contam com o suporte de uma professora
de informática para apresentar individualmente todos os processos para a
realização dos cursos. Para as provas presenciais, por exemplo, um instrutor
fica à disposição caso ele tenha dificuldade para digitar. “Como sabemos que a
tecnologia é um entrave para esse perfil de estudante, buscamos acompanhar de
perto para garantir o melhor aproveitamento”, conclui Magalhães.
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