Pré-candidato, ferrenho defensor da prisão de Lula, usou
o argumento de que ninguém deve ser considerado culpado até o trânsito em
julgado para defender o torturador Carlos Alberto Brilhante Ustra; deputado
ainda minimizou a prática de tortura na ditadura militar
O pré-candidato à presidência da República pelo PSL, Jair
Bolsonaro, voltou a defender Carlos Alberto Brilhante Ustra, ex-chefe do
DOI-Codi que foi reconhecido pela Comissão da Verdade como torturador durante o
período da ditadura militar.
Em entrevista a jornalistas da bancada do programa Roda
Viva, da TV Cultura, Bolsonaro, que é um ferrenho defensor da prisão de Lula,
usou o argumento de que “ninguém deve ser considerado culpado antes do trânsito
em julgado” para defender Ustra.
“Isso não aconteceu com Ustra”, afirmou. Ele usou o
preceito constitucional ao responder uma pergunta sobre seu apoio ao militar
torturador e como encararia a questão da tortura em um eventual mandato, caso
eleito.
“Nós abominamos a tortura”, disse, minimizando, contudo,
a prática de tortura no período da ditadura militar. “Usavam a tortura para
conseguir indenizações (…) Se não tivéssemos vencido essa guerra, hoje seriamos
uma Cuba”, disse. No mesmo bloco, Bolsonaro ainda afirmou ser um dos objetivos
de seu governo “jogar pesado” contra o MST.
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