A maior lição que ficou deste segundo turno na campanha para o governo do estado do RN, foi sem dúvida, o sentimento de mudança do povo potiguar.
Mas, um fato não menos importante, e que certamente, também contribuiu para o insucesso do ex-prefeito de Natal, Carlos Eduardo (PDT), foi associar incansavelmente o seu nome, a imagem do candidato a presidente da república, Jair Bolsonaro (PSL).
Isso porque, um candidato quando age dessa forma, normalmente o faz, com o objetivo de linkar a sua imagem a um candidato que possua excelente aceitação popular, baixa rejeição e, se ainda possível, que esteja liderando as pesquisas de opinião pública naquela determinada região, onde se pretende alcançar um aumento nas intenções de voto.
Definitivamente, o resultado das urnas comprovaram que esse não era o caso.
Já diz o ditado popular: Antes só, que mal acompanhado. O resultado oficial do TSE vem a corroborar com essa análise de modo muito contundente, pois se o candidato Jair Bolsonaro, foi rejeitado por 63% dos eleitores do estado do Rio Grande do Norte, que optaram por votar em seu adversário, Fernando Haddad, a pergunta que fica é a seguinte:
- Quando um candidato que possui rejeição altíssima, e que ao afinal da apuração, obteve 37% das intenções totais de votos, percentual inclusive menor, que os obtidos pelo próprio candidato a governador, que foram 42% de votos, poderia influenciar positivamente na eleição de Carlos Eduardo?
A última pesquisa Ibope feita no RN e, divulgada na sexta-feira (26), já acenava com esse grau altíssimo de rejeição do candidato Jair Bolsonaro no RN. Uma diferença superior a 20 pontos percentuais, entre o primeiro colocado e o segundo. Que veio a confirmar nas urnas, com uma diferença ainda maior, de quase 30 por cento.
E, se ainda quiserem trazer o comparativo a nível de Estado, para o Alto do Rodrigues, a situação piora mais.
No município, Fernando Haddad obteve 80 por cento dos votos, contra 20%, aproximadamente, de Jair Bolsonaro, e com isso, a conclusão é que esse "voto casado" de Bolsonaro, só trouxe rejeição a Carlos Eduardo. Um candidato com imagem de bom administrador mas, sem um puxador de votos na eleição nacional, que pudesse alavancar a sua candidatura, ao contrário do que aconteceu com Fátima Bezerra, que tinha Fernando Haddad puxando para cima a sua candidatura.
Já nas outras regiões do Brasil, o PT está sendo dizimado, isso é fato.
A onda contra o partido tomou conta do Norte, Centro-Oeste, Sudeste e Sul. A realidade é totalmente oposta. O mito Bolsonaro tomou conta do País quase todo, menos aqui.
No Nordeste ele ainda não canta de galo. E para isso acontecer, ele terá a oportunidade em quatro anos de mandato, para fazer a população de nordestinos, passar a enxergá-lo diferente. Até lá, muitas águas irão rolar...
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